Embora esteja bastante triste com a morte do marido, Tarcísio Meira, Glória Menezes apresenta melhora no quadro clínico e deve ter alta nessa semana. Quem assegura prevê é Tadeu Lima, assessor da atriz.

A artista de 86 anos segue em tratamento contra a Covid-19, motivo pelo qual deu entrada no Hospital Israelita Albert Eisntein, em São Paulo no último dia 06 de agosto. No sábado,14 de agosto, Glória deixou de respirar com ajuda do oxigênio nasal, que auxilia na respiração, quando necessário durante uma internação ou quando o paciente necessita de apoio de oxigênio em casa. Desde então, Glória Menezes seguiu o tratamento no quarto do hospital.

POR QUÊ TARCÍSIO MORREU MESMO APÓS TOMAR AS DUAS DOSES DA VACINA?

Tarcísio Meira deixou o mundo da arte de luto nesta quinta-feira, 12 de agosto. O ator, que estava com 85 anos, morreu em decorrência de complicações da Covid-19 e levantou-se a questão sobre a morte dele, mesmo com duas doses da vacina contra a doença.

O OFuxico conversou com o pneumologista Dr. João Carlos de Jesus (CRM 150.213), que explicou que a vacina não impede que a pessoa contraia a doença e nenhuma das que são oferecidas têm 100% de proteção.

“Eu queria chamar a atenção para dois pontos, o primeiro é que nenhuma vacina vai conferir 100% de proteção à população vacinada e isso por características de variação do sistema imunológico e dos indivíduos. Apesar da vacina ser eficiente em apresentar estruturas do vírus e o nosso corpo aprender a conhecê-lo sem adoecer e assim antecipar uma resposta com anticorpos e células de defesa, indivíduos que tenham uma fragilidade, alguma comorbidade ou mais idosos podem não gerar uma resposta tão eficiente e, quando entram em contato com o vírus, pode ocorrer a infecção e evoluir para a forma grave”, disse.

Outro fator importante é que as vacinas apresentam ao corpo humano algumas estruturas do vírus para que nosso corpo possa reconhecê-las de forma antecipada.

A maioria das vacinas trabalha com o conceito de apresentar uma proteína que está na superfície do vírus que se chama ‘spike’, que é utilizado pelo coronavírus para se conectar às nossas células e a partir disso causar a infecção. Com a vacina, nosso corpo consegue bloquear e neutralizar o vírus, mas, quando uma mutação do vírus acontece, que são as variantes, a vacina pode não ser eficiente em produzir anticorpos contra ela e enganar nosso sistema imunológico e desenvolver a Covid-19 em sua forma grave”, explicou o médico.

Dr. João Carlos ainda reforça que, apesar dos questionamentos de parte da população, todas as vacinas distribuídas no Brasil são eficientes no controle do número de casos e da diminuição dos números de casos graves de Covid-19, mas fez uma ressalva.

“Em relação a uma vacina ser mais eficiente que outra, ainda não é possível se falar algo de uma forma geral, porque a medida que surgem novas variantes, precisam ser feitas novas análises sobre a eficiência da vacina em cima de cada variante. Mas o que é fato é que todas que são distribuídas no Brasil reduzem os casos e os casos de gravidade. O recado que fica é que a população se vacine para reduzir a transmissibilidade e assim a gente consiga um controle maior da doença”, alertou.

O médico ainda se atentou ao fato que a população se preocupa com os efeitos colaterais da vacina, mas é preciso se preparar para tomar o imunizante.

“Uma dica é que você se prepare para a vacinação. Muitas vezes as pessoas estão preocupadas com os efeitos colaterais, mas é importante que você se apresente para a vacinação depois de uma boa noite de sono, bem alimentado, se sentindo bem para que consiga ter uma boa resposta”, disse.