Espírito Santo registrou 148 assassinatos nos dois primeiros meses do ano
De acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), o Espírito Santo registrou 148 assassinatos nos dois primeiros meses de 2024. Apesar de alto, o número representa uma redução de 18,2% no comparativo com 2023, quando foram registrados 181 homicídios.
Segundo a Sesp, este é o menor número de homicídios registrados para o período, desde 1996. Na série histórica de 28 anos, o melhor resultado para um bimestre havia sido em 2022, quando o Estado alcançou 166 homicídios no período.
Segundo a Sesp, todas as regiões do Espírito Santo apresentam redução de assassinatos, com exceção do Norte, que registra seis casos a mais. Os destaques ficam por conta da Noroeste, Sul e Metropolitana, com 50%, 35% e 16,5% de redução cada, respectivamente.
Para o secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Eugênio Ricas, o desempenho reflete o planejamento e o trabalho dos servidores das forças policiais.
“Ainda temos áreas com problemas pontuais e muitos desafios, mas você registrar um resultado como este é satisfatório, no sentido de demonstrar a eficiência das ações do programa Estado Presente. Cheguei agora e espero dar toda a contribuição possível para seguirmos este caminho de redução dos índices de criminalidade, que estão todos caindo. Só temos a agradecer aos policiais e bombeiros do nosso Estado pela dedicação”, destacou Ricas.
Violência contra mulher
Segundo os dados da Sesp, nos dois primeiros meses do ano foram registrados 12 assassinatos de mulheres, sendo que deste total, seis foram causados pelo crime de gênero (feminicídio). No ano passado, o primeiro bimestre registrou 16 mortes de mulheres, sendo sete feminicídios.
Analisando o período, a redução chega a 25% de casos no total. Porém, os dados ainda preocupam. De acordo com Eugênio Ricas, o Estado tem adotado mais ações e desenvolvendo programas para acolher essas vítimas de violência doméstica. O objetivo é eliminar a cultura do machismo e conseguir livrar as mulheres da dependência desses agressores.
“Temos que entender que mudando essa cultura ano após ano, teremos sucesso. É um caminho árduo, pois é algo que vem da criação desses indivíduos, que entendem a mulher como propriedade, acham que podem mandar na vida delas. Temos que ser mais eficientes no combate a esse tipo de crime e estamos criando mecanismos durante a administração do governador Renato Casagrande, e em conjunto com a Secretaria Estadual das Mulheres, para melhorar essa rede de apoio a quem sofre essa violência”, concluiu Ricas.