Família inteira é presa por fabricar e distribuir armas caseiras no ES.
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), descobriu uma família de Cariacica responsável pela fabricação, negociação e distribuição de armas de fogo caseiras para as principais zonas dominadas pelo crime organizado da Grande Vitória. A estimativa é que os investigados tenham produzido e comercializado aproximadamente 200 armas de fogo.
A segunda fase da ‘Operação Legado Armeria’, teve início na última terça-feira (23) e os dados foram divulgadas nesta sexta-feira (26). No total, seis pessoas da mesma família foram presas, sendo cinco durante a operação e um, apontado como líder da organização criminosa, que já estava preso desde dezembro do ano passado.
De acordo com a polícia, cada pessoa do grupo tinha uma função, inclusive a de realizar delivery de armas nas cidades da região metropolitana. “A demanda era tão grande que a gente identificou que nem eles conseguiam dar conta da quantidade de armas que eram pedidas. As armas eram negociadas entre R$ 2 mil e R$ 2,5 mil”, explicou Daniel Belchior, titular da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme).
Veja como o grupo se organizava:
Fabricantes de armas: Edilson Manske e Wilrison Mansk (pai e filho)
Negociação: Bruno Vingler, conhecido como John Caseiras (irmão de Ariane)
Entregas/Delivery: Tiago Manske (filho de Edilson e irmão de Wilrison) e Hellen Luise (esposa de Bruno)
Financeiro: Ariane Vingler (esposa de Wilrison)
As investigações também apontaram que o grupo aprendeu a fabricar armas através de vídeos na internet. Recentemente, a polícia capixaba divulgou que mais de mil vídeos desse tipo, que já acumulavam mais de 100 milhões de visualizações, foram identificados e removidos do Youtube.
“O desafio da investigação da fabricação de armas caseiras envolve não só a dificuldade de rastrear as armas, como também as pessoas que fabricam, porque elas não possuem perfil de envolvimento com esse tipo de situação. Às vezes não têm passagem criminal, mas em função de um atrativo financeiro acabam se dedicando à atividade criminosa”, estacou o delegado.
De acordo com Belchior, as investigações foram concluídas, mas a polícia não descarta a possibilidade de realizar novas prisões. Os detidos já foram encaminhados para o presídio.