Polícia Federal desmonta laboratório clandestino de anabolizantes em Vila Velha

Policiais federais da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários desmontaram um laboratório ilegal de produção de anabolizantes no bairro Riviera da Barra, em Vila Velha, nesta segunda-feira (29).

O laboratório foi localizado após a prisão em flagrante de um homem, de 27 anos, que residia em Guarapari, que vinha postando regularmente pelos Correios grande quantidade de encomendas contendo anabolizantes.

Os policiais efetuaram a prisão e a apreensão dos produtos quando o homem tentava postar várias encomendas contendo anabolizantes na agência dos Correios de Itapoã, em Vila Velha. No veículo utilizado pelo homem, havia mais produtos anabolizantes, que também foram apreendidos.

A partir do interrogatório do preso, que seria o responsável pelas postagens dos produtos, os policiais realizaram diligências e identificaram o endereço de um complexo laboratório clandestino de produção de substâncias anabolizantes.


No laboratório clandestino, foram encontrados insumos, embalagens, adesivos, recipientes, maquinário para produção de anabolizantes e estoque de produtos armazenados para venda. O material químico que foi apreendido será periciado pela Polícia Federal para identificação das substâncias que eram efetivamente manipuladas no laboratório.

Os produtos apresentavam marca própria e eram comercializados pelas redes sociais, na Internet, sem prescrição médica, e distribuídos para todo o Brasil pelos Correios.

A Polícia Federal ainda não contabilizou a totalidade do material apreendido.

“A manipulação desse tipo de produto sem verificação de procedência da matéria-prima, sem um responsável farmacêutico e sem a devida supervisão da Vigilância Sanitária coloca em risco a saúde das pessoas que consumiram esses anabolizantes, sendo um crime hediondo contra a saúde pública”, explica a polícia em nota.

Os investigados responderão pelos crimes de venda de medicamentos sem autorização do órgão de vigilância sanitária competente e por falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais. Pelos dois crimes juntos, os suspeitos podem ser condenados a até 30 anos de prisão.

O preso foi conduzido para formalização do auto de apreensão em flagrante na sede da Polícia Federal, em São Torquato, Vila Velha, e ficará à disposição da Justiça.