Tempo mais seco no inverno traz alerta sobre a Síndrome do Olho Seco; conheça
O inverno no Espírito Santo é uma das épocas mais secas do ano e, com isso, acaba também atingindo as pessoas com o chamado Olho Seco. Essa doença oftalmológica é comum na estação, mas requer cuidados. Inclusive o período do mês de julho foi dedicado à prevenção da síndrome com a campanha Julho Turquesa.
O Olho Seco atinge cerca de 14 a 52% da população mundial. E no Brasil, estima-se que a doença afete entre 13 e 24% das pessoas, e ocorre em qualquer idade. As mulheres mais velhas estão entre os maiores registros.
Segundo a oftalmologista Lilliana Nóbrega, a doença surge a partir da lubrificação inadequada dos olhos devido à má qualidade ou quantidade insuficiente de lágrima. Se não for diagnosticada e tratada corretamente, pode provocar lesões e progredir para sintomas permanentes, com sérios comprometimentos da visão.
Ela afirma ainda que lubrificação dos olhos precisa ser levada a sério e, por isso, ao menor sinal de problemas, procurar um especialista. “É fundamental que toda a sociedade capixaba se comprometa com a divulgação de seus sintomas e formas de tratamento”.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS?
A oftalmologista Flavia Sardenberg, do Centro Capixaba de Olhos (CCOlhos), explica que nesta época do ano, o clima mais seco contribui para a diminuição da quantidade e/ou alteração da qualidade da lágrima.
Os sintomas mais recorrentes são:
Ardor;
Irritação;
Vermelhidão;
Sensação de areia nos olhos;
Dificuldade para ficar em lugares com ar-condicionado ou em frente ao computador;
Olhos embaçados ao fim do dia.
Além do clima, uma das causas da doença é o uso prolongado de telas, como a do computador, de lentes de contato e ambiente com ar-condicionado.
Outros fatores que estão associados ao Olho Seco são:
Cigarro;
Medicações (antidepressivos, anti-hipertensivos e anti-alérgicos, por exemplo);
Algumas doenças sistêmicas (por exemplo, a síndrome de Sjögren);
Idade avançada;
Menopausa;
Doenças reumatológicas;
Doenças no sistema imunológico (como Penfigóide, síndrome de Stevens-Johnson).
TRATAMENTO
O tratamento depende primeiramente do reconhecimento do tipo e da gravidade do Olho Seco, o que deve ser feito pelo exame por um médico oftalmologista.
O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas, repor e/ou preservar a lágrima e manter a integridade da superfície ocular. São várias as formas de tratar a doença, desde colírios específicos, uso de medicamentos sistêmicos, anti-inflamatórios, oclusão de pontos lacrimais e tratamentos mais recentes como a luz pulsada.
DICAS DE PREVENÇÃO
A oftalmologista Flavia Sardenberg recomenda alguns cuidados no dia a dia para evitar ou minimizar o problema. “Quando estiver trabalhando na frente da tela do computador ou celulares, piscar os olhos várias vezes e estar atento a altura da tela, que deve ficar abaixo da linha do olhar”.
Já Liliana Nóbrega, orienta evitar ar-condicionado ou, nos ambientes em que o aparelho esteja muito intenso, a sugestão é colocar um umidificador de ar e se manter bem hidratado.