Empresa no ES vai testar primeiro caminhão elétrico autônomo sem cabine da América Latina

O primeiro caminhão elétrico autônomo sem cabine da América Latina será testado em um dos terminais portuários da Suzano, maior produtora mundial de celulose. A tecnologia, produzida pela Lume Robotics, foi viabilizada por um contrato com a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) no valor de R$ 3 milhões para o desenvolvimento e implementação do veículo.

O projeto, ainda em desenvolvimento, deve aplicar os conceitos da Indústria 4.0, como inteligência artificial, robótica e mobilidade elétrica. O sistema será aplicado integrando software e hardware avançados, permitindo que o veículo opere completamente sem intervenção humana.

Segundo a desenvolvedora, essa tecnologia é capaz de gerar mapas detalhados, localizar-se precisamente em tempo real e navegar autonomamente, desviando de obstáculos fixos ou móveis, além de responder dinamicamente ao ambiente de trânsito.

“Este projeto foi selecionado pela Finep dentre 126 outros, devido ao grande potencial disruptivo da solução em eliminar a exposição de motoristas a áreas de risco, bem como maximizar a eficiência operacional, reduzindo custos e emissões, aprimorando a gestão e operação logística’’, afirma Rânik Guidolini, Diretor Executivo da Lume.

A expectativa é que o veículo tenha capacidade de transportar 64 toneladas de celulose do armazém até o costado do navio, percorrendo uma distância de aproximadamente 4 quilômetros por ciclo e realizando cerca de 50 viagens por dia em uma operação contínua e ininterrupta.

A previsão é que o caminhão elétrico autônomo esteja pronto em 2027 e inicie as operações de teste até 2028.

“Estamos muito animados e ansiosos com essa parceria. Essa iniciativa está alinhada com a estratégia da Suzano, que há 100 anos, busca constantemente soluções cada vez mais inovadoras e sustentáveis para nossas operações. Encontrar parceiros que têm o mesmo propósito, reforça ainda mais o compromisso da companhia com a eficiência, a inovação e a sustentabilidade”, diz Beatriz Nalevaiko Venturini, Gerente de Excelência Operacional na Suzano.